Numa república na há realezas e só por isso Joana Vasconcelos não é a nossa rainha. Mesmo que vestida para as comemorações do Dia de Portugal como uma rainha, tal como a imaginou o talento criativo de Katty. E até seguindo a sua linha e estilo, de modo a que a comenda do 10 de Junho possa brilhar ainda com mais intensidade
Katty confessa que foi um dos maiores desafios lançados pelo T. Não é todos os dias que se pode vestir uma das artistas mais reconhecidas da nossa era – Joana Vasconcelos -, ainda por cima para as comemorações do Dia de Portugal.
Se existe tarefa difícil é esta, vestir uma artista! Como, de que forma? O que poderá parecer suficientemente original ou impactante quanto baste?!
Estas perguntas trouxeram à minha memória a velha estória de Hans Christian Andersen – O Rei Vai Nu – aquele fenomenal conto que fala da inquietante aptidão de uns astutos vigaristas para cativar o Rei com uma elegante fatiota de desconcertantes capacidades. Uma fatiota que só poderia ser vista por pessoas entendidas, competentes e inteligentes.
Ora bem, penso que devo explicar-me com maior clareza. A minha ideia não é comparar a nossa artista ao incauto e vaidoso Rei, nem a nossa equipa de investigação jornalística aos matreiros vigaristas. A verdadeira comparação reside na ideia, que na verdade não deixa de ser extremamente criativa!
Assim, decidi vestir a Joana Vasconcelos com um volumoso vestido real embelezado por um grande rufo e construído, não com fios de seda invisível, mas sim, com as deliciosas garrafinhas azuis de vidro da Marinha Grande. Usando a sua própria linha criativa enveredei por esta proposta cheia de portugalidade, tradição e transparência!
Temos noção que o conforto da nossa vítima está em risco, mas as grandes divas também já estão habituadas a estes pesares!