Se eu fosse o Marco Paulo e tivesse que confessar em público que tinha dois amores, seria sempre do Porto e de Guimarães que a canção se faria. Fugindo das cidades para o futebol, a letra da música ficaria ainda melhor, porque falaria do Porto e do Vitória, que são duas palavras que ficam sempre lindamente associadas.
Quando tinha seis anos de idade e o meu pai tinha sido recrutado para Angola (para onde foi dois anos, como médico miliciano, levando a minha mãe e um irmão mais novo) , descobriram que eu tinha asma e não viram lugar melhor para a curarem que as Termas de Vizela. Que naquela época ainda era Guimarães…
Durante três meses de Setembro seguidos, fiquei em casa do dr. Hipólito Reis, que me albergou e era casado com uma vimaranense de gema. Que por sua vez tinha um irmão que era diretor do Vitória. Graças a ele, a minha estreia num campo de futebol à séria foi no antigo estádio municipal de Guimarães e sei que é muito por causa disso que ainda hoje gosto tanto da cidade, do clube, dos vitorianos e… de muitos dos seus restaurantes .
Claro que manda a verdade que se diga que para gostar da Casa Florêncio não era preciso nada disto.
Não sei como será a minha próxima experiência sem a companhia destes vitorianos ilustres, mas na minha agenda gastronómica já está assinalada a urgência de voltar ao Florêncio, para me atirar ao arroz de coelho de cabidela e ao nispo de vitela estufado em vinho tinto. Imagino que com mais uma ou outra entrada, já não me sobrará “bucho” para mais!
Rua Nossa Senhora Madre de Deus
4800-002 Azurém
Guimarães